Fichamento: mattos, hebe. a vida política. in schwarcz, lilia moritz. a abertura para o mundo: 1889-1930. rio de janeiro: objetiva, 2012.
[...]pretendeu-se chamar atenção para a especificidade da constituição de uma noção republicana de cidadania em uma sociedade que acabava de abolir a escravidão. O Brasil foi o ultimo país da America e trilhar esse caminho, mas seus desafios foram comuns a todo o continente. (p.85)
UMA REPUBLICA PROBLAMADA
O manifesta trazia em destaque idéias de democracia e federalismo e citava expressões como “soberania do povo”, “liberdade individual” e “voto do povo”. O poder pessoal do imperador e sua interferência nos resultados eleitorais eram os principais alvos dos que assinavam o manifesto. (p.86)
O poder moderador, de uso restrito do imperador, formava o gabinete com uym dos partidos políticos atuantes na Monarquia constitucional brasileira (Liberal ou Conservador) que, por sua vez, constituía as mesas eleitorais[...]
A partir da década de 1870, surgia no Rio de Janeiro uma nascente opinião publica baseada no crescimento dos setores médios urbanos [...] nos cafés da efervescente rua do Ouvidor, no centro do Rio, políticos, literatos,estudantes,artistas e jornalistas de todas as províncias e com todos os sotaques formavam uma caixa de ressonância que introduzia muitas novidades ao cenário político.
[...] intelectuais e políticos muitas vezes olhavam com desconfiança para o que lhes parecia um povo ainda em formação, mas nem todos temiam a mobilização popular como arma política. (p.87)
A abolição da escravidão, com assinatura da Lei Áurea pela princesa regente [...] sem precedentes e gerou a expectativa de novas reformas [...] o aprofundamento das reformas no âmbito do regime monárquico pareceu uma possibilidade concreta depois da Lei Aurea. [...] muitos dos recém-libertos, agora cidadãos, tornaram-se convictos monarquistas, tomando parte da Guarda negra, criada após a abolição em defesa da princesa e dos direitos dos libertos [...] (p.88)
[...] 19886 e 1887, acumularam-se conflitos