Fichamento malinowski crime e costume na sociedade selvagem.
Prefácio * O moderno explorador antropológico, que vai para o campo cheio de teorias aprendidas e ideias preconcebidas, não é capaz nem aconselhado a manter suas observações dentro dos limites de fatos concretos e dados pormenorizados. Além disso, ele há de chegar a conclusões sobre perguntas definidas. * O antropólogo moderno é naturalmente tentado a acrescentar suas experiências mais amplas a suas descrições dos fatos; a apresentar detalhes de costume, crença e organização contra o pano de fundo de uma teoria geral da cultura primitiva. Este livro é feito sob esse enfoque.
Introdução
* Para muitos, a antropologia permanece como assunto mais digno de curiosidade do que de seriedade acadêmica. * À época da administração colonial, um melhor estudo dos “desejos animalescos do pagão” teria revelado que estes são produto de uma lei firme e de uma tradição rigorosa, exigidas pela natureza humana mais do que pela emoção desenfreada ou por excessos. * O mito do “casamento grupal” permeava as teorias antropológicas juntamente com os conceitos de “responsabilidade grupal”, “justiça grupal”, “propriedade grupal” e “comunismo”, com o dogma da ausência de responsabilidade e direitos individuais entre os selvagens. * Pressuposto de que nas sociedades primitivas o indivíduo é totalmente dominado pelo grupo e obedece às ordens, às tradições, à opinião pública e aos decretos com uma obediência servil e fascinada.
PARTE 1: A lei primitiva e a ordem I. A submissão automática ao costume e o problema real * Do “selvagem” sem leis à constatação da hipertrofia de leis como característica da sociedade primitiva, e assim, ao selvagem como reverenciador da tradição e do costume, que obedece espontaneamente por inércia mental associada ao temor da opinião pública ou do castigo