Fichamento livro a imagem
Capítulo 4
A PARTE DA IMAGEM
“Cedemos, assim, neste capítulo à tentação de personificar a imagem, de fazer dela a fonte de processos, de afetos, de significações” (p. 197) 1. A analogia
“Já encontramos a noção de analogia, isto é, o problema da semelhança entre a imagem e a realidade, ao examiná-lo (...) do ponto de vista do espectador, e de como este pode perceber em uma imagem algo que evoque um mundo imaginário. Retomaremos a mesma questão, mas evidenciando desta vez a própria imagem e a realidade que ela supostamente representa [...]” (p.198) 2.1 Fronteiras da analogia
1.1.1 Analogia: convenção ou realidade?
“Nosso hábito profundamente arraigado de ver quase sempre imagens fortemente analógicas costuma fazer com que apreciemos mal o fenômeno da analogia, ao relacioná-lo de modo inconsciente a um tipo de ideal, de absoluto, que é a semelhança perfeita entre a imagem e seu modelo.” (p. 198)
“Convém começar por relativizar, quanto possível, essa concepção “absolutista” da analogia – sem que por isso se renuncie totalmente, como o fazem alguns teóricos, à própria noção de analogia.” (p. 198-199)
“A esse respeito, citaremos mais uma vez o trabalho de Ernst H.Gombrich (...). A tese central de Gombrich é dupla: 1. toda representação é convencional, mesmo a mais analógica (a fotografia, por exemplo, na qual se pode atuar mudando alguns parâmetros ópticos – objetivas, filtros – ou químicos – películas); 2. mas há convenções mais naturais do que outras, as que agem sobre as propriedades do sistema visual (especialmente a perspectiva).” (p. 199)
“O único adjetivo diretamente derivado da palavra ‘imagem’, é ‘imaginário’[...]” (p. 199)
“... ’o mundo jamais se assemelha, de forma alguma, a um quadro, ao passo que um quadro pode assumir a aparência do mundo ‘: no quadro, essa aparência do mundo é modelada,