FICHAMENTO HOBSBAWM, Eric. A Era Das Revoluções
HOBSBAWM, Eric. A Era Das Revoluções
Neste capítulo é feita uma análise do que ele considera ideologia secular, que se dá a partir da revolução dupla. verifica-se um crescimento constante de pensamentos relacionados com a natureza da sociedade. Pensando sobre isso havia dois tipos básicos de opinião, uma que acreditava no progresso e outra que não. Até 1789, a formação mais poderosa e adiantada dessa ideologia de progresso tinha sido o clássico liberalismo burguês. Era uma filosofia estreita, que encontrou seus mais puros personagem na Grã-Bretanha e França. Seus idealizadores acreditavam na capacidade da razão em compreender e solucionar todos os problemas. Para eles, o mundo humano era constituído de átomos individuais que buscavam suas próprias satisfações diminuindo seus desprazeres. Na busca pela vantagem pessoal os homens acabavam sendo forçados a entrar em contato com outros indivíduos estabelecendo um complexo de acordos úteis que formava a sociedade e os grupos políticos. O homem do liberalismo clássico era um animal social somente na medida em que se encontrava em grande número. A felicidade era o supremo objetivo de cada um e a maior felicidade ao maior número de pessoas era o objetivo da sociedade Além do direito de utilidade, conferido à propriedade privada e à liberdade individual e de empresa, foi constituído um direito natural do homem. A base dessa ordem natural era a divisão social do trabalho. Podia ser cientificamente provado que a existência de uma classe de capitalistas donos dos meios de produção beneficiava a todos, inclusive aos trabalhadores que se alugavam aos seus membros. O progresso era, portanto, tão natural quanto o capitalismo. Se fossem removidos os obstáculos artificiais que no passado lhe haviam sido colocados, se produziria de modo inevitável; e era evidente que o progresso da produção estava de braços dados com o progresso das artes, da ciência e da civilização em geral. Em um determinado