Fichamento do texto: “tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial” – e. p. thompson
De acordo com o site infoescola.com, Edward Palmer Thompson nasceu na cidade de Oxford na Inglaterra em fevereiro de 1924. Foi um importante historiador que pensou a natureza da pedagogia buscando transcender os padrões impostos pela elite da época. Desejava subverter as metodologias utilizadas nas escolas convencionais estabelecendo uma relação mais flexível entre aprendizes e mestres. A obra “Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial” versa principalmente sobre o tempo e a história do trabalho, onde destaca a importância da classe trabalhadora nas vivências históricas.
E.P. Thompson defende em seu texto a tese da notação e da importância do tempo. A partir da análise de como o sentido e o aproveitamento do tempo muda com o decorrer dos anos, Thompson faz um paralelo com a criação do relógio e a reestruturação das rotinas e hábitos de trabalho. Sua maior preocupação no texto é a percepção e medição do tempo como meio de exploração da mão-de-obra.
Questiona no início do texto até que ponto a mudança no senso de tempo afetou a disciplina de trabalho e até que ponto influenciou a percepção interna de tempo dos trabalhadores. Em seguida, afirma que entre os povos primitivos a medição de tempo é relacionada aos processos familiares no ciclo do trabalho e/ou nas tarefas domésticas. Defende assim que a vaga convenção de horas se tornou a noção moderna de tempo. Afirma que essa noção é desprezada por comunidades de pequenos agricultores e pescadores nas quais as tarefas diárias se dão pela lógica da necessidade, em diferentes notações de tempo que são geradas pelas diferentes situações de trabalho, caracterizando assim a noção de tempo como orientação pelas tarefas. Nessas comunidades há pouca separação entre o trabalho e a vida, já que as relações sociais e o trabalho estão sempre juntos e não há conflito entre “trabalhar” e “passar o dia”.
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