fichamento do suplicio
O segundo capítulo do livro vigiar e punir, “Ostentação dos Suplícios”, de Michel Foucault, pensador francês contemporâneo, discute as formas de castigos que eram usados como pena, o significado dos suplícios, o seu desenvolvimento e a sua finalidade e como a justiça/soberano impunha o seu poder absoluto, perante a sociedade, sob os condenados ou no processo de investigação. A definição do texto sobre o que é um suplício é a “Pena corporal, dolorosa, mais ou menos atroz.’’ A tese exposta por Foucault foi a de que o suplício é uma técnica e não deve ser equiparada aos extremos de uma raiva sem lei. Uma pena para ser suplício deve obedecer a três critérios principais. Em primeiro lugar, produzir uma certa quantidade de sofrimento que se possa não medir exatamente, ao menos apreciar, comparar e hierarquizar; a morte é um suplício na medida em que ela não é simplesmente privação do direito a viver, mas a ocasião e o termo final de uma graduação calculada de sofrimento desde a decapitação que reduz todas as sofrimentos a um só gesto. Para Foucault, o suplício faz parte de um ritual e em relação à vítima, o suplício deve ser marcante e pelo lado da justiça, deve ser ostentoso: destina-se ou pela cicatriz que deixa no corpo, ou pela ostentação de que se acompanha, a tornar infame aquele que é sua vítima; o suplício, mesmo, tem como função “purgar” o crime, não reconcilia, traça em torno, ou melhor, sobre o próprio corpo do condenado sinais que não devem se apagar, a memória dos homens, em todo caso, guardará a lembrança da exposição, da roda , da tortura ou do sofrimento devidamente constatado. Foucault fala que na França e na maioria das prisões dos Países europeus, com exceção da Inglaterra, o processo criminal permanece-se secretamente até mesmo para o acusado, até que chegasse ao fim