Fichamento Do Livro TCA
Coelho, Betty. Contar histórias uma arte sem idade. 2ª edição. São Paulo, Ática, 1989.
“Há muitos e muitos anos, ainda estagiária do Curso Normal, tive meu primeiro e memorável contato prático com as crianças. Quando entrei na “minha sala”, tentei lembrar os ensinamentos dos professores de Didática. Que fazer naquela situação? Num relance, a intuição: vou contar uma história. E comecei...” (p.7) Aprendi a primeira lição de magistério: ouvir histórias e cantar são coisas de que as crianças gostam muito. Daí por diante, não parei de aprender com as crianças, observando-lhes as reações, interpretando suas atitudes e refletindo sobre isso”.(p. 8) “Foi observando suas reações, ouvindo-lhes os comentários, que iniciei um longo e contínuo estágio de reflexão. Então passei a registrar os comentários, guardar os desenhos e as diversas manifestações de expressão relacionadas às histórias, comparando, analisando, fazendo descoberta, um vasto material de estudo.” (p. 9) “Passei a observar também a reação dos adultos, inclusive os idosos. A história faz todos sorrirem, a aula passa a ser uma brincadeira- e gente grande volta a ser criança. (p. 10) “A força da história é tamanha entre narrador e ouvintes que ocorre uma vibração recíproca de sensibilidade, a ponto de diluir-se o ambiente real ante a magia das palavras que comove e enleva. A ação se desenvolve e nós participamos dela, ficando magicamente envolvidos com os personagens, mas sem perder o senso crítico, que é estimulado pelos enredos.” (p. 11)
“Por isso, o narrador deve estar consciente de que importante é a história, ele apenas conta o que aconteceu, emprestando vivacidade `}a narrativa, cuidando de escolher bem o texto e recriando-o na linguagem oral, sem as limitações impostas pela escrita. A história é que sugere o melhor recurso de apresentação, sugere inclusive as interferências feitas por quem a conta.” (p.11)
“Como toda arte, a de contar