fichamento do livro os vivos e os mortos na sociedade medieval
Os relatos funcionam como uma espécie de autobiografia, onde as aparições costuma se dar em sonhos, Schmitt preenche mais da metade do livro com os mesmo dedicando-se a explicar de forma bem ampla como eles influenciavam a sociedade da época.
O autor estabelece conexões e diferenciações entre miracula e mirabilia sempre exemplificando e discutindo abertamente sobre o tema abordado, caracterizando assim a secularização dos relatos, Schmitt busca ainda caracterizar alguns tipos de mortos dentre eles é possível citar: o morto individual, as aparições coletivas, o exercito de mortos como sempre o autor ressalta os relatos.
Schmitt chega ao ponto de relevar três entrevistas bem longas com fantasmas o que nos leva a uma reflexão teológica ainda que fortemente ancorada na reflexão teórica, o autor abre um grande leque de documentação como, por exemplo: fontes iconográficas.
O literato mostra a rede imaginaria criada pela existência post-mortem, ele expõe e mantém sua atenção voltada à documentação articulando-se para conseguir conciliar a narrativa com a interpretação da mesma.
O escritor descreve, acertadamente, o seu trabalho no âmbito da historia social do imaginário uma escolha que tem decorrências importantes. Segundo ele os mortos são importantes e que o âmbito em que ele trabalha possibilita uma interpenetração entre temporalidades tanto curtas quanto longas possibilitando, assim, um dialogo entre as outras ciências humanas sem prejudicar a transformação localizada na perspectiva