Fichamento do Capítulo 6 do livro Perspectivas Sociológicas
Este capítulo começa com uma discussão sobre a liberdade. A liberdade, embora “possa ser por nós experimentada como uma certeza, juntamente com outras certezas empíricas, não é passível de demonstração por quaisquer métodos científicos” (pg. 137, 2º §), e não pode ser demonstrada pela razão, segundo Kant. A discussão prossegue afirmando que a liberdade e a causalidade não são opostos lógicos, apenas não possuem referência comum, não podendo se estabelecer a realidade de uma através da demonstração da realidade da outra. Nesse sentido, o autor destaca a problemática das ciências sociais em tentar analisar um fato social buscando-se as causas originadoras, e sendo impossível assim perceber ou se chegar à liberdade usando os métodos tradicionais de análise científica. Para fechar o argumento inicial, o autor afirma que não pretende ater-se ao cientificismo que exclui a liberdade da discussão, e prefere seguir outro rumo, propondo, dentro do modelo de existência humana segundo a ótica da perspectiva sociológica, que os controles sociais não são tão infalíveis como leva a crer os capítulos anteriores, e em segundo lugar, ele muda o próprio ponto de referência, do método científico estrito àquele mais geral que admite a realidade como pano de fundo para os fatos sociais.
Iniciando o ponto um, o autor argumenta que visto que a nossa própria cooperação é necessária para levar-nos às prisões sociais, na maioria dos casos, as pressões internas ou externas da sociedade são co-definidas por nós mesmos. Continua citando Durkheim, o qual ressalta as características extrínsecas e materiais da realidade social, em comparação à Weber, que leva em consideração questões de caráter subjetivo, o que é particularmente importante nesse caso, onde mesmo os atores agindo de uma maneira determinada, o resultado pode sair bastante diferente do esperado. Segundo essa concepção, por