A nova dinâmica da economia global
17 de maio de 2001 - Uma das principais características da globalização é o crescimento da internacionalização das economias. A expansão global dos investimentos diretos estrangeiros tem feito com que o papel das empresas transnacionais na economia mundial seja crescente. Estima-se que cerca de um terço da produção mundial seja de responsabilidade dessas empresas, que respondem também por cerca de 60% das exportações mundiais, sendo que a metade dessa parcela corresponde a transações intrafirma, ou seja, entre matrizes e filiais ou entre filiais de vários países. Conforme o World Investment Report, da Unctad, essas corporações, das quais 40 mil matrizes com 250 mil filiais em todo o mundo, geraram transações diretas da ordem de US$ 14 trilhões (1999). A expansão internacional das empresas tem impulsionado os investimentos diretos estrangeiros, que crescem em proporções sem precedentes na história econômica mundial. Saindo de um patamar pouco superior a US$ 50 bilhões em 1985, o volume de investimento direto estrangeiro global atingiu US$ 200 bilhões no início da década de 90 e, mantendo crescimento contínuo ao longo dos demais anos, chegou a US$ 800 bilhões em 1999. Dados preliminares para o ano 2000 apontam para um nível superior a US$ 1 trilhão. Outro fenômeno diretamente associado a esse processo é o movimento de fusões e aquisições de empresas, que tem crescido muito nos últimos anos. Os efeitos da globalização da economia, o acirramento da competitividade e maior exigência dos mercados têm levado as empresas a novos desafios e transformações que muitas vezes não conseguem realizar individualmente. Na dinâmica da economia global, o movimento de fusões e aquisições transfronteiras tem impulsionado a corrida pela inovação, o que tem feito com que empresas de tecnologia sofisticada dos EUA sejam objeto de assédio por parte de empresas européias. Nas últimas duas décadas, a liquidez do mercado financeiro