fichamento de teoria das formas de governo
Universidade Federal de Santa Catarina – Direito
Aluna: Thais Becker Henriques Silveira
Matrícula: 13103639 - Primeira Fase Matutino
Data: 20/04/2013
Aristóteles
O pensamento de Aristóteles sobre as formas de governo é considerado clássico e por isso viveu alguns séculos sem ser alvo de criticas e mudanças significativas. O que o livro de Bobbio chama de formas de governo, como escrito no próprio nome do livro,
Aristóteles chamará de “politeia” traduzido muitas vezes como constituição. Um exemplo da utilização dessas duas nomenclaturas é a citação que foi feita no seu livro terceiro sobre o conceito de constituição: “A constituição é a estrutura que dá ordem á cidade, determinando o funcionamento de todos os cargos públicos e sobre tudo da autoridade soberana” (1278 b).
A sua classificação das possíveis maneiras de governo é sêxtupla, assim como era para
Platão. No entanto o que diferencia a ordem dessas formas é o critério utilizado para sua classificação. Como Aristóteles valorizava muito a polis (modernamente chamada de
Estado) seu critério era o interesse do governante, ou seja, o interesse comum ou interesse próprio.
Porque o interesse do governante é tão importante? Para Aristóteles os homens procuram a cidade com o objetivo de ter uma boa vida, e como é a forma de governo que organiza essas relações humanas - podendo ou não ser agradável e benéfica a maioria - o interesse do governante torna-se determinante na aprovação de seu governo.
Para o filósofo aquele que em seu governo possui um interesse comum a sociedade é o melhor, e aquele que governa com interesse próprio é o pior. Como escrito neste trecho de Bobbio: “Para que o objetivo da boa vida possa ser realizado, é necessário que os cidadãos visem ao interesse comum, ou em conjunto ou por intermédio de seus governantes. Quando os governantes se aproveitam do poder que receberam ou conquistaram para perseguir interesses particulares, a