Fichamento de Am rica II
PARTE I
“O medo de uma guerra generalizada de uma maioria indígena contra uma minoria branca compare-se ao medo relacionado ao fenômeno do haitianismo, de uma grande rebelião de escravos negros contra os colonizadores franceses. ” (p. 15)
Quando a notícia da captura de Fernando VII chegou às colônias, apresentou-se aos criollos uma situação inesperada: o rei legítimo estava prisioneiro e um francês ocupava o trono espanhol. (...) A agitação política se espalhava pela América espanhola. Desde 1808, começaram a se formar em diversas cidades – Buenos Aires, Montevidéu, Caracas, México, La Paz, Bogotá, Santiago, Quito – Juntas de governo organizadas pelos cabildos municipais nas quais se reuníamos representantes das elites locais. A questão principal em debates dizia a respeito ao juramento de fidelidade ao rei cativo, Fernando VII, ou a José Bonaparte. (p. 26)
A conquista da independência marcava o rompimento dos laços políticos com a metrópole e também indicava que complexas tarefas mostravam-se urgentes. Era necessário construir os Novos Estados, montar uma estrutura administrativa, delimitar fronteiras, organizar instituições para garantir a ordem e o controle sociais (...) (p. 43)
A priori, o processo de compreensão a respeito do contexto existente nas colônias na América, em especial na América espanhola, pode parecer complexo e árduo. Contudo, sua assimilação se torna acessível ao passo que compreende-se a independência das colônias Américo-latinas como uma realidade linear, não como exemplo de retidão, mas sim, via de regra, um processo que se dá por meio de arrecadações tributárias exorbitantes; em prol do fortalecimento do controle sobre a sociedade colonial, a prisão de Fernando VII e consequentemente a nomeação de José Bonaparte como novo rei da Espanha; trazendo a discussão o conceito de fidelidade ao rei, e por último a necessária reconstrução, dos agora,