Fichamento Comunicação e Sociedade do Espetáculo
Estamos imersos num mundo de imagens coloridas, criativas, sedutoras, que nos divertem, mesmo quando nos chocam. A lógica do entretenimento está por toda a parte: nos shoppings centers, nas campanhas políticas, nas obras de arte, nas salas de aula, nos meios de transporte e, obviamente, nos veículos de comunicação (jornais, revistas, cinemas, televisão). A sociedade contemporânea teria dito adeus à chatice, à caretice, ao comedimento. Nossos sentidos são estimulados initerruptamente, em especial a visão.
(Coelho, 2006 p.I)
O conceito de sociedade do espetáculo é uma tentativa de compreensão das características de uma fase específica da sociedade capitalista. Não pode ser confundido como daqueles que se propõem, explícita ou implicitamente, a substituir o conceito de sociedade capitalista como o mais abrangente para explicar a realidade social contemporânea, como os conceitos de sociedade pós-industrial, pós-moderna, da informação, das redes, etc.
(COELHO, 2006 p.14)
Toda a vida das sociedades as quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente vivido se afastou numa representação
(Debord, 1991, p.9)
O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens. O espetáculo não pode ser compreendido como o abuso de um mundo da visão, o produto das técnicas de difusão massiva de imagens (...) O espetáculo, compreendido na sua totalidade, é ao mesmo tempo o resultado e o projeto do modo de produção existente. Ele não é um suplemento do mundo real, a sua decoração readicionada. É o coração da irrealidade da sociedade real. Sob todas as suas formas particulares, informação ou propaganda, publicidade ou consumo direto de divertimentos, o espetáculo constitui o modelo presente da vida socialmente dominante. Ele é a afirmação omnipresente da escolha já feita na produção e o seu corolário