Fichamento Claus Offe
O mercado de trabalho como solução institucional para um duplo problema de alocação: de uma lado, o sistema de produção deve ser alimentado com inputsi de trabalho; de outro lado, a força de trabalho deve ser abastecida com meios de subsistência monetários (renda) e sociais (status); semelhança com Parsons aqui; O ponto chave é que o mercado de trabalho organiza a produção e a distribuição como uma relação de troca entre salários e inputs.
Especificidades da relação oferta e demanda no mercado de trabalho: em primeiro lugar, o caráter fictício da força de trabalho enquanto mercadoria. A quantidade e qualidade, o lugar e a época da oferta das outras mercadorias depende das expectativas dos respectivos vendedores dessas mercadorias relativamente à sua condição de serem comercializadas. No mercado de trabalho isso é diferente. Por exemplo, a “elevação” da oferta pode estar associada a fatores demográficos e etc. à medida em que a força de trabalho é impedida de recorrer a modos de subsistência fora do mercado de trabalho, a oferta de trabalho a exercer influencia no mercado torna-se quantitativamente inelástica. Ou seja, a primeira especificidade diz respeito ao fato de que, antes de tudo, a força de trabalho que é tratada como uma mercadoria, entra no mercado por razoes distintas das mercadorias “reais”. Pode-se então falar de uma desvantagem estrutural da força de trabalho no mercado, pois o lado da oferta não tem como controlar sua própria quantidade de maneira estratégica.
Um segundo aspecto diz respeito à especificidade da oferta de trabalho no que diz respeito à sua incapacidade de poder esperar para ser vendida, na medida em que os trabalhadores não controlam os meios de produção e, portanto, não tem alternativas de subsistência. Nesse caso, apenas uma dimensão institucional externa (proteção social, por exemplo), pode atuar de modo a minimizar esta