Fichamento Aula 3
ENTRE OS MISSIONÁRIOS
JESUÍTAS (PP. 109-158)
ZERON, Carlos Alberto de M. R. Linhas de fé: a Companhia de Jesus e a
Escravidão no Processo de Formação da
Sociedade Colonial.
OBJETIVO
Em “O debate sobre a escravidão entre os missionários jesuítas”, especificamente no tópico estudado, Carlos
Alberto de M. R. Zeron procura “precisar o contexto histórico imediato” no qual se inserem as opiniões de determinados missionários (especialmente Manuel da Nóbrega) no que concerne à política indigenista no Brasil. Trata-se de, tomando como fio condutor as querelas nas quais se envolveu Nóbrega, traçar um panorama completo dessa discussão, para a qual contribuem tanto as modificações da colônia como um todo (a mobilização da economia em torno da cultura da cana de açúcar) quanto as dificuldades próprias da Companhia de Jesus.
JUSTIFICATIVA
Zeron considera a contextualização histórica indispensável para o entendimento das perspectivas dos padres
Quirício Caxa e Manuel da Nóbrega, daí a necessidade de seu estudo. Para o autor, as mudanças provocadas pelo avanço da cultura da cana de açúcar (o surgimento de um novo grupo social, a necessidade de mão de obra massiva etc.) colocaram o indígena no centro das preocupações de colonos e jesuítas. Missionários e senhores de engenho, cada qual com seu projeto e acepção do índio, entraram em conflito pela realização de seus propósitos. As divergências internas à Companhia de Jesus, bem como redefinições das estratégias missionárias, por sua vez, teriam origem também em um quadro específico: os sucessivos fracassos, a guerra contra os caetés e tantos outros elementos. É esse cenário que o autor deseja pintar para o leitor, com vistas a assegurar uma nova e mais abrangente compreensão desse capítulo da história brasileira.
LITERATURA
O texto de Carlos M. R. Zeron se comunica em várias passagens com o outro texto lido para esta semana, O
Governo Missionário nas Almas Indígenas: missão jesuítica e ritualidade