fichamento arte e percepção visual
ARNHEIM, Rudolf. Nova Versão, 1998.
• Forma
Neste livro, o autor revela um trabalho que interessa a todos aqueles que estudam desde artes até psicologia, já que mostra a experiência da apreciação artística por meio da observação humana, discutindo algumas qualidades da visão, a fim de fortalecê-las e dirigi-las. No capítulo 3, Rudolf discute sobre a forma e seu significado, deixando claro que o aspecto é diferente da forma, a qual consiste numa configuração visível do conteúdo, que, ao ser captada pelo nosso cérebro, é automaticamente relacionada com alguma repesentação, a fim de torná-la um conteúdo.
Quando há a representação de algo, nem sempre a sua configuração se assemelha a sua representação, como a transformação de criaturas vivas em esculturas de mármore. Segundo Goethe a arte é uma ilusão enganadora, e se houver um desvio do mecanismo da cópia fiel, deve ser explicado e justificado. Para o defensores dessa teoria, se o artista não o fizer, é porque ele não tem a destreza para executar o que quer, ou seja, representa aquilo que sabe e não o que vê.
“A leitura de uma imagem, artística ou não, não provém simplesmente da projeção ótica do objeto representado, mas é equivalente, interpretado com as propriedades de um meio particular, do que se observa no objeto.” Neste trecho, o autor fala da visão ilusionista, proveniente do realismo ingênuo, uma corrente que acredita que a imagem e o objeto são iguais, como, por exemplo, a mesa percebida e a mesa objeto.
Com isso, a partir da reorganização de uma representação, utilizando a fantasia ou acrescentando outras coisas, o artista é capaz de melhorar a realidade, ou até mesmo enriquecê-la. •
Orientação no Espaço
Um fator que Rudolf considera importante para a análise, é a orientação no
espaço, ou seja, quais condições que a forma visual deve obedecer para ser reconhecível. Muitas vezes, a inclinação ou a própria movimentação pode