FICHA DE LEITURA: Antígona Não existe o que é correto ou errado quando ficamos entre o que é imposto por lei, e o que nos é posto por necessidade de dignidade. Sófocles traz o dilema da lealdade e da legalidade. Quando devemos deixar de ser leias aos nossos princípios, ou quando devemos deixar de ser legais quanto a regras? Na obra, caracterizada como tragédia em forma de diálogos, Antígona fica entre seguir o que a lei lhe cobra, e sua necessidade de dar um fim digno ao seu irmão, que morreu em batalha. Ao morrer em batalha, o corpo de Polinice é proibido pelo tirano de Tebas, Creonte, de ser sepultado. Cuja recebera pena de morte aquele que o fizesse. Porém na cultura Tebana, é um insulto a família e a alma do morto que seu corpo não seja sepultado. Já que ele será encaminhado para perto dos deuses. Antígona, contra toda a tirania confessa a Ismênia que dará o sepultamento para seu irmão, mesmo correndo risco de morte. Uma história posta toda em diálogos, o coro do livro nos faz refletir sobre nosso papel quanto a dignidade. Creonte, ao descobrir, logo decreta pena de morte à Antígona. È questionado inúmeras vezes, até mesmo por seu filho Hémon, noivo de Antígona. No entanto, mesmo sendo aclamado por bom senso, Creonte não dá alternativa a Antígona. Deixando- a em cativeiro, rumo a morte. É fato que Antígona infringiu as leis da cidade tebana, mas como é possível ser a favor de tais leis? Nos questiona tal livro. Nos pondo para pensar sobre porque não seria justo dar um fim digno a alguém que morreu? Para castigar seu próprio pai, após ver o suicídio de Antígona, Hémon comete o mesmo. E por sua vez, a mãe de Hémon, desolada comete o terceiro ato. Creonte se questiona porque precisaria de tais castigos, se era por não ter dado tal sepultamento a Polinice. O coro, que está sempre presente em todos os atos, faz o papel de consciência. Talvez não a consciência que sempre devêssemos seguir, mas aquela que deveríamos ter. Todos morrem