Ficha de leitura: "Até que ponto, de fato, nos comunicamos?" de Ciro Marcondes Filho
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p. 16
“ Comunicação tampouco é instrumento, mas, acima de tudo, uma relação entre mim e o outro ou os demais. Por isso, ela não se reduz à linguagem, menos ainda à linguagem estruturada e codificada em uma língua. Ela ultrapassa e é mais eficiente que esse formato, realizando-se no silêncio, no contato dos corpos, nos olhares, nos ambientes.” s, nos olhares, nos ambientes." olhares, nos ambientes.
p. 19
“Não há critério absoluto para determinar o ser e o não-ser, o verdadeiro e o falso: o único critério é o próprio homem: ‘tal como cada coisa aparece para mim, tal ela é para mim.’”
p. 27
“Em síntese, as grandes ocupações que marcaram o momento metafísico da filosofia clássica (o todo, as Ideias, a essência), vão abrindo espaço ao momento científico (o individual, o singular, as partes, a existência). Mas ainda permanecem fórmulas como a dualidade entre uma base polêmica e contraditória, de um lado, e acima de tudo ou de todos, uma ordem, um conceito de harmonia estabilizadora que vem de Heráclito e Platão e chega até Leibniz.”
p. 28
“A realidade do mundo externo é duvidosa, nosso sentidos nos enganam, “e o único de que ainda tenho certeza é de que ainda estou pensando nesse momento”. Mas a própria existência física pode ser um sonho e Deus poderia ter induzido o homem propositalmente ao erro. O que salva é a própria dúvida que elege como o grande fundamento do saber. Duvidar é a única prova de sua existência: duvido, logo existo; mesmo sendo enganado, se sou enganado, isso prova exatamente que existo. A certeza, portanto, já não está mais em Deus, mas no homem, é a autonomia do eu que se inicia aqui.”
p. 30
“Leibniz advoga, diferente de Descartes, que as coisas não estão no mundo simplesmente como “coisas extensas”, mas entre elas há a ação de forças. Cada ser vivo tem em seu interior uma força que o faz agir.