Fibra de curauá
A propriedade mais conhecida dessa planta foi descoberta pelos povos primitivos da floresta. Os índios já usavam a fibra resistente contida dentro das folhas longas e duras do curauá para amarrar embarcações, fazer redes e cestaria.
A sabedoria indígena e de antigos caboclos é fonte ainda de descobertas recentes ligadas à planta. além da fibra, a planta era usada para aliviar a dor.
Introdução
curauá, cujo nome científico, Ananas erectifolius, o identifica como sendo da família do abacaxi, (Ananas comosus), é uma planta da região amazônica com grande potencial para o uso de suas fibras lignocelulósicas [1, 2]. Embora seu fruto seja comestível, o interesse econômico pelo curauá está primordialmente associado às fibras extraídas de suas folhas como mostrado na Figura 1. Estas folhas são rígidas eretas e com faces planas, podendo alcançar mais de um metro de comprimento e quatro centímetros de largura [2]. As fibras extraídas são relativamente macias e com elevada resistência mecânica, comparativamente com outras fibras lignocelulósicas. Segundo Leão et. all. [2], as fibras de curauá estão entre as quatro lignocelulósicas mais rígidas até hoje conhecidas. Originalmente na Amazônia, as fibras de curauá eram utilizadas pelos índios para tecer redes de dormir, fazer cordas e linhas de pesca. Atualmente fibras picadas de curauá estão sendo misturadas com sobras de cobertores e tapetes descartadas pela industria têxtil para reforçar matriz de polipropileno em compósitos utilizados no teto e na parte interna do compartimento de bagagem de automóveis como o Fox e o Pólo da Wolkswagen do Brasil [3].
Por enquanto, a cadeia produtiva formada em torno da planta envolve o