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Serviço Social e a organização da cultura: perfis pedagógicos da pratica profissional

Tratando a cultura como modo ou sistema de vida, a função pedagógica define-a sobretudo por meios dos efeitos da ação profissional na maneira de pensar e agir dos sujeitos envolvidos nos processos da prática do Serviço Social. O aspecto imaterial da prática profissional, ocorre no contato direto com a subjetividade do sujeito sendo esse o campo privilegiado em que se situa a função pedagógica dos Assistentes Sociais, ocorrendo as demandas pelas classes dominantes na busca de controle e consentimento da sociedade ao contexto de produção e reprodução social, no marco da exploração econômica e dominação político-ideológica sobre o trabalho.
Ao longo da trajetória profissional na sociedade, são identificados três perfis, denominados: pedagogia da “ajuda”, da “participação” e da proposta de construção de uma pedagogia emancipatória pelas classes subalternas, com base no projeto ético-político profissional alternativo do Serviço Social, consolidado nos anos 1980 e 1990, onde demonstram os vínculos da profissão a estratégias educativas presentes no movimento da organização/reorganização da cultura traduzindo diferentes modalidades de inserção da profissão nesse movimento. Ao mesmo tempo são indicativos da própria cultura profissional que na perspectiva gramsciana representa a relação entre a racionalização da produção, do trabalho e da formação de uma ordem intelectual e moral, sob a hegemonia de uma classe, que tem princípio educativo, caracterizando cultura como atividades formadoras de um modo de pensar, sentir e agir.
A partir da década de 80 a categoria profissional teve uma guinada política, no sentido de incorporar os processos de luta desse período histórico brasileiro. Todavia, no marco da luta de classes. Duas propostas de intervenção profissional foram diferenciadas quanto ao posicionamento teórico-metodológico que se refere perspectiva histórico-política: a primeira