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A Questão Social, seu aparecimento, diz respeito diretamente à generalização do trabalho livre numa sociedade em que a escravidão marca profundamente seu passado recente. Nosso interesse se centra num momento em que a constituição desse mercado está em pleno amadurecimento, o Capital já se liberou do custo de reprodução da força de trabalho. Limitava-se a procurar no mercado, segundo suas necessidades, a força de trabalho, tornada mercadoria. Era comum a existência da exploração feminina e infantil, pois os operários contavam apenas com sua força de trabalho, de sua mulher e seus filhos para sua sobrevivência diária. Com trabalhos árduos, desumanos, jornadas de trabalho exaustivas, sem nenhuma garantia empregatícia ou contrato coletivo, pois eram sujeitos à autoridade absoluta de seus patrões. O êxodo rural trouxe superlotação nos grandes centros urbanos, acarretando em péssimas condições de moradia, saúde, saneamento básico e alimentação entre os proletariados, trazendo como consequência protestos por melhores condições de vida, pois a burguesia visava somente o lucro, o Mais Valia. Em 1920, houve um crescimento moderado, se acelerando no início da década seguinte, com a mobilização da igreja católica juntamente com o Estado. O Serviço Social surge como um departamento especializado em Ação Social, visando apaziguar as lutas dos proletariados, suas reivindicações, pelas quais são duramente reprimidos. Surge então no Brasil a Associação das Senhoras Brasileiras em 1920 no Rio de Janeiro e a Liga das Senhoras Católicas em São Paulo, composta por representantes da alta burguesia. O Novo Capitalismo apresentam dois aspectos que lhe permitem encontrar mais facilmente um terreno de concórdia com o mundo católico. Em primeiro lugar, seu aspecto mais social e mais favorável às obras de assistência, distinto das fórmulas simplistas e brutais da