feudalismo
O processo de formação do feudalismo remonta às instituições romanas e mesmo germânicas. De facto, a partir do século III assiste-se ao declínio do Império Romano e da sua sociedade, que se desagrega e perde cada vez mais o sentido de ordem, afetada que estava por depressões económicas consecutivas e uma tendência para a desurbanização, com a população a fugir para os campos, visto as cidades serem o alvo mais fácil das pilhagens e dos ataques bárbaros. A insegurança invade o mundo romano, pois há muito desapareceu a Paz Romana. Por outro lado, a crise económica contínua agrava cada vez mais os impostos, o que aumenta o mal-estar social. Este é ocasionado ainda pela isenção do pagamento de impostos dada aos senhores e à Igreja, regalia que está na origem dos privilégios da nobreza e do clero. Paralelamente, criam-se leis de vínculo obrigatório e hereditário das pessoas à sua profissão, cada vez mais a agricultura, em virtude da ruralização da Europa.
O temor e a ameaça constante de incursões de tribos germânicas - depois das suas invasões, das guerras frequentes e, mais tarde, do perigo muçulmano e normando - conduzem inúmeros indivíduos a colocarem-se sob a proteção dos mais poderosos (recomendação), normalmente grandes latifundiários - o poder emanava da propriedade -, em troca da qual lhes entregam as suas parcelas de terra, recebendo-a depois com a