Ferrugem do Cafeeiro
A ferrugem ataca as folhas inferiores com uma massa de esporos. As lesões provocam a morte dos tecidos, começando pelo seu centro, que se torna marrom-escuro. Nas lesões velhas pode ocorrer o fungo Verticillium hemileae tornando-as de aspecto esbranquiçado. Esse fungo se alimenta do micélio da ferrugem, sem, entretanto, oferecer um controle efetivo da doença.
Os esporos são disseminados a longas distâncias pelo vento, pelos insetos, pelo homem e por outros animais. Na mesma plantação, de uma planta a outra e de folha em folha, a maior disseminação da doença ocorre pelas gotas de chuva.
Inicialmente, causa manchas cloróticas translúcidas com 1-3 mm de diâmetro, observadas na face inferior do limbo foliar. Em poucos dias as manchas crescem, atingindo 1-2 cm de diâmetro.
Os fatores climáticos favoráveis à doença são: a temperatura, na faixa de 20-24 ºC, umidade necessária à germinação dos esporos favorecida pelas chuvas freqüentes, principalmente as finas, pelo orvalhamento noturno e por ambientes sombrios.
Nas lavouras, a doença é beneficiada por:
a)sistemas de plantio e condução que tornam o ambiente (microclima) mais sombrio e úmido, como os sistemas adensados e as plantas com muitas hastes; b)a adubação e os tratos mal feitos tornando as plantas mais susceptíveis à doença;
c) a presença de inóculo do ano anterior, que influi antecipando e agravando o ciclo da doença;
,d) a carga pendente, que é o fator mais importante por tornar o cafeeiro mais susceptível, uma vez que as reservas de carboidratos e componentes importantes da resistência são deslocados para a frutificação;
e) a variedade, sendo que dentre as susceptíveis, o Catuaí suporta mais o ataque que o Mundo Novo. Esses fatores favoráveis influem tanto no nível de dano causado, quanto na forma de controle.
Prejuízos Os prejuízos da ferrugem resultam da redução da área foliar das plantas, pelas lesões e pela desfolha, sendo mais visíveis na safra no ano