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Por essa introdução, pode o leitor pensar que redação técnica é algum bicho-de-sete-cabeças. Não é. Na verdade, os princípios básicos em que se assenta são os mesmos de qualquer tipo de composição (clareza, correção, coerência, ênfase, objetividade, ordenação lógica, etc.), embora sua estrutura e seu estilo apresentem algumas características próprias.
Na definição sumária de Margaret Norgaard, redação técnica é qualquer espécie de linguagem escrita que trate de fatos ou assuntos técnicos ou científicos", e cujo estilo "não deve ser diferente de outros tipos de composição". Ressalte-se, entretanto, como faz a própria Autora, a relevância da clareza, da lógica e da precisão, qualidades que não excluem a imaginação. "A redação técnica - acrescenta a Autora - é necessariamente objetiva quanto ao ponto de vista, mas uma objetividade completamente desapaixonada torna o trabalho de leitura penoso e enfadonho por levar o autor a apresentar os fatos em linguagem descolorida, sem a marca da sua personalidade. Opiniões pessoais, experiência pessoal, crenças, filosofia de vida e deduções são necessariamente subjetivas, não obstante constituem parte integrante de qualquer redação técnica meritória."
A bem dizer, toda composição que deixe em segundo plano o feitio artístico da frase, preocupando-se de preferência com a objetividade, a eficácia e a exatidão da comunicação, pode ser considerada como redação técnica. Nesse caso, a redação oficial, a correspondência comercial e bancária, os papéis e documentos notariais e forenses constituem redação técnica. Entretanto, parece conceito pacifico o de que tal expressão designa apenas aquelas formas de comunicação escrita de incontestável caráter científico, e especialmente da área das ciências experimentais. É nesse sentido restrito que passamos a empregar as expressões equivalentes redação técnica ou redação científica.
Tipos de redação técnica
Há diversos tipos de redação técnica: 1º- as