ferro
Pensa-se que o ferro é conhecido e utilizado pelo ser humano desde 4000 a.C. Inicialmente o ferro era utilizado no fabrico de armas e ferramentas. Mais tarde o ferro passou a ser usado no fabrico de jóias, pois era um metal mais valioso que o ouro, e por isso típico da nobreza. Na era cristã (por volta de X a.C.), o ferro passou a ser o substituto do bronze, dando-se o nome de Idade do Ferro a este período. Mais tarde foi descoberto o processo de carburação, que consistia na adição de carbono ao ferro (formando aço), tornando-o mais resistente. O ferro fundido levou muito tempo para ser obtido na Europa. A partir do século XIX o ferro começou a ser utilizado em diferentes construções. Era utilizado nos caminhos-de-ferro, tal como indica o nome, na construção de edifícios e em algumas obras deste século, como o “Palácio de Cristal” e a “Torre Eiffel”.
O ferro é um dos elementos mais abundantes no Universo e o metal de transição mais abundante na Terra. Pode-se obter este elemento a partir da redução dos óxidos que o constituem, destacando-se a hematite, a magnetite, a limonite, a siderite, a pirite e a ilmenite. Este processo é efectuado em fornos, nos quais são adicionados carvão e calcário ao minério de ferro. Os óxidos são reduzidos na parte superior do alto forno com monóxido de carbono produzindo ferro metálico. Depois, na parte inferior do forno, onde a temperatura é mais elevada, os óxidos são ainda mais reduzidos na presença de carbono. Dá-se o nome de carburação a este processo. Após a combustão e a eliminação de enxofre do resultado final da carburação, são separadas as escórias da matéria-prima usada na indústria.