ferreiro
FICHAMENTO
Capítulo 1. A Alfabetização de Crianças na Última Década do Século.
“É difícil falar de alfabetização evitando as posturas dominantes neste campo: por um lado, o discurso oficial e, por outro, o discurso meramente ideologizante, que chamarei “discurso da denúncia”. O discurso oficial centra-se nas estatísticas; o outro despreza essas cifras tratando de desvelar “a face oculta“ da alfabetização.” (pág. 9)
INCORPORAÇÃO, RETENÇÃO E REPETÊNCIA
“(...) Ainda que se possa sustentar com fundamento que a repetência é antieconômica, antipedagógica e antipsicológica, também é certo que a promoção automática, por si só, não faz senão descolar o “funil da repetência”. (pág. 13)
“(...) trata-se a criança como se ela levasse consigo a causa de seu próprio transtorno. A instituição escolar fica livre de responsabilidade. Algo deve haver na própria criança que a leva a fracassar. E, como o fracasso escolar inicial não se distribui democraticamente pelo conjunto da população, pois se concentra nas crianças carentes das regiões pobre, é quase imediato passar para uma visão “patologizante” e considerar essas crianças como portadores de uma patologia individual (imaturidade, falta de coordenação visomotora, falta de discriminação visual ou auditiva etc.) ou de uma “patologia social” (falta de estímulo no lar, deficiências linguísticas e culturais etc.)” (pag. 14)
ASPECTOS QUALITATIVOS DA ALFABETIZAÇÃO
“(...) na medida em que a escola primária continuar expulsando grupos consideráveis de crianças que não consegue alfabetizar, continuará reproduzindo o analfabetismo dos adultos.” (Pág. 16)
Ferreiro fala a respeito das crianças: “(...) Elas têm mais tempo disponível para dedicar à alfabetização do que qualquer outro grupo de idade e estão em processo contínuo de aprendizagem (dentro e fora do contexto escolar), enquanto os adultos já fixaram formas de ação e de conhecimento mais