Fernando simionatto
Rui Barbosa
Prefácio de Freitas Nobre Terceira edição, atualizada e revista
BARBOSA, Rui. A inprensa e o dever da verdade. São Paulo: Com-Arte; Editora da Universidade de São Paulo, 1990, 80 p. (Clássicos do Jornalismo Brasileiro; 2)
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SUMÁRIO
Um livro com dois objetivos – Freitas Nobre 3
A Imprensa e o Dever da Verdade Legítima defesa 18 O Orador e seus auditórios 18 O grande criminoso 20 Segredo e mentira 20 A imprensa 21 Do ótimo ao péssimo 22 Mau governo, má imprensa 23 Maus exemplos 24 Irresponsabilidade 24 Imprensa e presidencialismo 25 O pior messalinismo 25 Rascas na assadura 26 Confessos 27 Consciências obliteradas 28 O código penal 29
Ainda a confissão 29 O juízo dos corruptores 30 Mais fatos 31 O caso das últimas emissões 31 Depoimento capital 32 Subvenção ou suborno? 33 Como a política julga a imprensa 34 Então por que fugir do inquérito? 34 Os rombos da caixa 35 Por que é que alguns calam? 36 Quais os amigos da imprensa 37 Veritas Carissima 37 A moral dos povos livres 37 O exemplo norte-americano 38
UM LIVRO COM DOIS OBJETIVOS
A Imprensa e o Dever da Verdade é uma conferência com dois objetivos: chamar a atenção da comunidade para a responsabilidade dos meios de comunicação coletiva e contribuir para os serviços de assistência social e educacional prestados por entidades particulares. Sem dúvida, os alcançou. A conferência foi editada na Bahia, em 1920, revertendo o resultado da edição para a manutenção do Abrigo dos Filhos do Povo, de Salvador, dirigido por Raymundo Frexeiras. A entidade possuía dez escolas, algumas delas tão humildes que tinham apenas cobertura de palha. Rui Barbosa não pôde proferir a conferência, por motivo de moléstia, mas em 15 de janeiro de 1920, foi visitar a entidade, quando lhe foi prestada comovente homenagem, cerimônia que foi presidida pelo jornalista Armando de Campos, redator-chefe de A Tarde, diário editado naquela capital. A primeira edição da conferência