Fernando Pessoa e 1ª fase do modernismo
Para cada heterônimo ele criou uma biografia, uma aparência, é nítida a diferença entre um e outro.
Seus heterônimos não se manifestavam na sua vida, só na poesia.
Guardou sua obra em uma arca e pediu que só fosse aberta 20 anos depois de sua morte
Viveu mais no plano criativo do que no concreto
Seu talento e seus heterônimos já se manifestavam quando criança, aos sete anos escreveu seu primeiro poema, tinha amigos e inimigos imaginários.
Foi um dos criadores de uma revista modernista (Orfeu)
Verte um lirismo puro (musicalidade) e fala sobre o fazer poético (metalinguagem)
Escreve formalmente (ode e sonetos)
Questiona a existência
Obra nacionalista: MENSAGEM (publicada em vida)
Alberto Caeiro
Heterônimo
Procura um lirismo nas coisas em si, é avesso ao pensar no mundo, na simbologia das coisas.
Não se distancia da realidade, é espontâneo, olhar primitivo.
Refugia-se na natureza (carpe diem)
Acha que o pensar afasta o homem da essência das coisas, causa angustia e desequilíbrio.
Inculto, órfão e calmo, é o mestre de todos os outros heterônimos.
Ricardo Reis
Heterônimo
Médico e monarquista, viveu no Brasil e é despatriado voluntariamente
Versado em cultura greco-romana (estoicismo), olhar mais clássico.
Preocupação com a existência
Álvaro de Campos
Heterônimo
Engenheiro mecânico naval, viciado em ópio e bebida e homossexual, coexistem em conflituosa permanência.
Escreve em nome dele quando sente o impulso para escrever, mas não sabe o que.
Tem um olhar moderno e emocional
Três fases:
1. Decadente: tédio diante à vida, inércia, pessimismo, precisa do ópio para viver.
2. Futurista: sofre interferência das vanguardas, exalta o movimento e as máquinas (modernidade)
3. Pessoal: crise de identidade, raiva do mundo, desânimo interior.
1ª