FERNANDES Adriana

FERNANDES, Adriana. Governo vai ao FMI para rever conta da dívida. In: O Estado de São Paulo. 19 Out. 2003.
PERCEPÇÕES GERAIS
A divergência da metodologia usada tanto elo Fundo Monetário Internacional quanto pelo governo brasileiro para apurar a dívida bruta brasileira.

O Brasil decidiu enviar uma comissão técnica, liderada pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, a fim de discutir com o Fundo Monetário Internacional mudanças no cálculo da dívida bruta brasileira.
Em 2012, pelos critérios oficiais brasileiros, a dívida bruta do país fechou com o valor equivalente a 58,7% do Produto Interno Bruto. No entanto, nas contas do FMI esse percentual chegou a 68%. A divergência no cálculo da dívida está na forma de como são contabilizados os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, e que o governo brasileiro deseja ser considerados apenas uma parte deles como dívida do país.
Assim, o aumento da dívida bruta foi impulsionado pelos aportes de empréstimos do Tesouro Nacional ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social e à Caixa Econômica Federal, empréstimos que tem sido um ponto de desconfiança e relação apolítica fiscal brasileira.
Para o governo brasileiro, em carta enviada ao Fundo Monetário Internacional, a metodologia usada pelo FMI “distorce a estimativa da dívida bruta brasileira” e os dados estão “substancialmente superestimados”, prejudicando a percepção sobre a situação fiscal brasileira. A divergência seria causa de uma mudança, em 2008, de metodologia pelo governo brasileiro na apuração de sua dívida.
O FMI considera todos os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional como dívida bruta, enquanto que o governo brasileiro somente contabiliza a parcela dos títulos que são utilizados em operações compromissadas, realizadas peo Banco Central com o objetivo de retirar o excesso de liquidez do mercado.

Conclusões

Bibliografia citada