Fermentação
A fermentação é um processo de geração de energia no qual ocorre a oxidação incompleta de substâncias orgânicas, como a glicose, em contraposição à oxidação completa que ocorre na respiração celular. Logo, na fermentação, nem todas as ligações covalentes entre os átomos de carbono serão rompidas, e, assim, esse processo libera menos energia que a respiração celular (energia que será armazenada nas ligações entre os grupos fosfato do ATP).
Normalmente o processo ocorre associado às condições anaeróbias (ausência de O2). Porém, dependendo do organismo ou tipo celular, a fermentação também pode ocorrer na presença de O2, como exemplo, podemos citar as amebas, eucariontes sem mitocôndrias que geram energia apenas via fermentação. (Porém, é importante ressaltar que as amebas são micro-aerofílicas! Vivem em concentrações baixas de O2). Assim como as amebas, os nossos eritrócitos (células vermelhas do sangue), também não possuem mitocôndrias e só podem gerar energia via glicólise. Nossas células musculares, caso não recebam O2, também podem gerar energia via fermentação (fermentação láctica).
Em resumo, se não há oxigênio, ou mitocôndrias, ou a maquinaria celular necessária para realizar a respiração, o organismo ou a célula poderá produzir ATP via glicólise (estamos estudando o processo tendo como base a molécula de glicose). Porém, na glicólise são produzidas apenas duas moléculas de ATP e isso pode não ser o bastante para manter um organismo funcionando. Assim, uma estratégia é acelerar o processo de glicólise, consumindo mais glicose, fazendo com que mais moléculas de glicose venham a sofrer as reações, o que aumenta a geração de ATP, mesmo sendo dois por glicólise.
Em resumo, a fermentação consiste em duas etapas: a glicólise e as reações que convertem o piruvato em outra substância. Como os piruvatos não geram acetil-CoA e não ocorre ciclo de Krebs, não há oxidação completa, ou seja, nem todas as ligações covalentes entre os átomos de carbono da