Feridas no úbere
“FERIDAS NO ÚBERE”
Também chamada de filariose, estefanofilariose ou ferida-de-verão. Trata-se de uma zoonose provocada por uma filária (Stephanofilaria sp).
Em bovinos provoca úlceras geralmente na parte ventral e anterior do úbere.
Em seres humanos estudos relatam o contágio no sangue periférico de recém nascidos (teste do pezinho) e feridos nas mãos e braços de ordenhadores.
Prejuízos econômicos
Em um rebanho que contenha animais afetados por estas larvas encontramos animais inquietos pela dor e desconforto, a queda na produção de leite é notada desde o início da lesão. Encontramos também, miíases ou bicheiras associadas e as mastites são freqüentes seja ela na forma clínica ou subclínica. As perdas econômicas são grandes no tratamento destas doenças secundárias, correção de contagens bacterianas e células somáticas.
Causa:
A doença, que é causada pela Stephanofilaria spp, que são nematódeos filariais muito pequenos (de 3 a 6mm) que vivem na base dos folículos pilosos. São associadas a lesões de tecidos subcutâneos e existem várias espécies destas larvas.
Transmissão:
Transmitida através de moscas, especialmente a mosca do chifre. Esta mosca, como o próprio nome fala, parasita mais a região da cabeça e pescoço, no entanto, em períodos quentes do ano há uma quantidade superior da mesma, e ela então se dissemina por todo o corpo do bovino, injetando o verme na pele dos animais por meio da saliva. As moscas podem se contaminar com o nematódeo ao se alimentar de vacas doentes e transmitir depois às vacas sadias.
Ocorrência:
Estas feridas ocorrem com freqüência, na linha média que separa os quartos do úbere. Porém, podem ser encontradas em outras regiões como: olhos, pescoço, cernelha, quarto dianteiro e barbela.
No inicio as feridas são pequenas, porém, evoluem até chegarem de 3 a 15 cm de diâmetro. São extremamente irritantes podendo haver presença de coceira (prurido). Há perda parcial de pêlos, e o exsudato