fenômeno da história
justo pela natureza), problema ao qual
responderam em geral negativamente, observando que, se
existisse um
.
justo por natureza, todas as leis seriam iguais.
Mais importante ainda que esta resposta, porém, foi a colocação mesma do problema; em verdade, depois da solução negati va tentada pelos Sofistas, outros filósofos puderam tentar uma solução afirmativa para ela.
Os Sofistas foram, em suma, o fermento que deu causa à grande Filosofia idealística grega, uma tlorescência do pensamento, da qual talvez nenhum outro povo pôde vangloriar-se. Essa tlorescência resume-se, principalmente, nos nomes de Sócrates, de
Platão e de Aristóteles, que brilharam soberanamente na história do pensamento. Sócrates
HISTORIA DA FILOSOFIA DO DIREITO
Também quanto a Sócrates estamos em condição análoga àquela em que nos vemos perante os Sofistas, isto é, não temos escritos autênticos dele; conhecemo-Io apenas por meio de referências de outros, porém de seus admiradores (ao contrário do que se deu com os Sofistas, cujas teorias nos foram transmitidas tão só por seus adversários), a saber: dos Diálogos, de Platão, e dos
Memoráveis, de Xenofonte.
Os Diálogos platônicos são, de longe, a fonte mais importante, mas neles o pensamento de Sócrates é muito superado pelo do grande discípulo, com o qual se confunde. Isto especialmente nos últimos diálogos. Os primeiros (Apologia,
Eutifrone, Crito, etc.) reportam mais fielmente as palavras de
Sócrates, as quais Platão recolheu de viva-voz.
Sócrates disputava de maneira característica, devolvendo muitas perguntas e trazendo conclusões simples das respostas; afirmava nada saber, bem diversamente dos Sofistas, que presumiam saber tudo; golpeava-os com ironia, e os confundia, interrogando os (ironia = pergunta) sobre questões aparentemente simples, porém, no fundo, muito difíceis, e deste modo constrangendo-os indiretamente a dar-lhe razão.
Em um ponto Sócrates avizinhou-se dos Sofistas, a