bordim
Na ontologia marxiano-lukacsiana, a relação entre essência e fenômeno – dimensões distintas, porem unitárias e articuladas dialeticamente numa processualidade- assume um novo caráter efetivamente revolucionário. [Ambas possuem, portanto, o mesmo estatuto ontológico; todavia, enquanto a essência fica a cargo da continuidade do processo, englobando-o numa totalidade dinâmica], os fenômenos constituem a infinidade de momentos pelos quais a essência se realiza concretamente. A essência humana, portanto, e eminentemente histórica, e seu elemento dinâmico e o trabalho, a essência torna- se tão histórica quanto os fenômenos, esta ontologia revolucionaria, inaugurada por Marx e desenvolvida por lukacs.
Basicamente um paradigma balizou as perquisições ontológicas dos mais variados pensadores, o paradigma dualista /transcendental atingiu seu apogeu com o idealismo objetivo de Hegel. Apartir da ruptura marxiana com Hegel, deu-se lugar a uma nova interpretação ontologia do ser, cuja sistematização e exposição adquiriu forma mais acabada um século depois, quando lukacs legou-se sua obra-prima, a ontologia,procurou fazer em sua ontologia foi delinear uma weltanschauung mundo dos homens, procurando com isso rejeitar toda e qualquer concepção teleológica, a historia pode ser dividida em antes e depois de Marx, Marx alçou-as a um outro patamar, completamente novo.Compactuamos com a correta afirmação de Sergio Lessa ,temos os dois grandes momentos o primeiro, que vai dos gregos ate Hegel, e o segundo, de Marx ate nossos dias.
Esta cisão da realidade em duas metades contraposta, conferindo a primeira um estatuto ontológico de maior peso, e relegando ao segundo a condição de menos real o paradigma dualista transcendental terminou