Fenomeno Religio em Angola
Com a chegada dos europeus no continente a África confrontou-se com a filosofia de tábua rasa, corrente filosófica que considerava que os africanos nada possuíam em termos de conhecimentos. Por isso, tudo devia ser-lhes inculcado. A luta contra os invasores veio, porém, deitar abaixo esta teoria.
Aplicada compulsivamente, durante longos anos de ocupação colonial, aquela corrente filosófica contribuiu, contudo, para que os Africanos abdicassem, em parte, dos seus conhecimentos e de uma forma profunda no campo religioso, a favor das religiões universais que entraram no continente (cristianismo e islamismo). Se, no campo espiritual esta situação não provocou, em si mesma dano maior, o mesmo não aconteceu no campo da afirmação da identidade social e cultural do homem africano.
Assim, confrontados com as conquistas culturais e científicas do mundo ocidental, os africanos precisam reaver a sua contribuição no progresso da humanidade. Pois, se já dominámos a ciência e a técnica, por que não nos envolvemos na busca do untu2 que caracterizou o fundamento religioso e cultural dos nossos ancestrais?
Este será o primeiro questionamento do presente texto. Agindo de acordo com a nroüosta acima formulada, ajudaremos as práticas religiosas tradicionaisreligião. Pois, foi a história colonial e as conjunturas dos tempos que as remeteram à margem das sociedades modernas. Recuperando o seu lado positivo, traçaríamos, em conjunto, outro caminho de afirmação da identidade cultural, o que facilitaria a absorção da ciência e da técnica ocidental com a qual domesticaríamos os regimes económicos liberais dos nossos estados actuais e sentir-nos-íamos mais fortes. É assim que o Japão é mais rico do que a África.
FENÓMENO RELIGIOSO, EM ANGOLA
É este pensamento filosófico de Renascença Africana, apelo ao conhecimento das tradições culturais e religiosas do passado que constitui o fundamento do presente texto. Já sabemos que nenhum povo tem hipótese de regressar às