fenicios
Comparado aos poderosos impérios do Oriente, o povo fenício caracterizou-se por uma diferença básica: não havia interesse por parte dele em ampliar suas fronteiras. Concentrados em cidades marítimas, os fenícios empenhavam-se, sim, em conquistar as melhores rotas comerciais na Antiguidade.
Na condição de navegantes e mercadores, da época, sem mesmo cultivarem uma cultura própria e, por isso, adotando uma mistura de outras (egípcia, mesopotâmica e hitita), encarregaram-se de transportar idéias, ciências e artes aos lugares a que tinham acesso, principalmente, ás nações mediterrâneas.
Pela necessidade de comunicação, visto sua preferência pelo comércio, acabaram por inventar o alfabeto, posteriormente adotado, com adaptações, em todo o mundo ocidental.
Origem Histórica e Política
Fenício deriva da palavra grega “phoinix”, que significa “púrpura”. De origem semita, os fenícios, provavelmente vieram da Caldéia, como os hebreus, e se estabeleceram na Fenícia por volta do ano 3000 a.C.
Por estar localizada em região privilegiada, no Mar Mediterrâneo, e dispondo de inúmeros portos naturais, com o passar do tempo nela houve grande miscigenação de povos.
Os primeiros grupos que ali se instalaram dedicaram-se à pesca, a uma incipiente agricultura, principalmente á plantação de videiras e oliveiras, e á extração de madeira (carvalho, pinheiros e cedro-do-líbano, este muito abundante na região).
Porém, o mar, com todas as suas possibilidades, acabou exercendo maior influência nos habitantes. Os fenícios desenvolveram, desde muito cedo, intensa atividade comercial no Mediterrâneo. O lucro obtido com esse comércio marítimo favoreceu o desenvolvimento das primeiras cidades, dentre as quais destacamos as mais importantes: Biblos, Sídon, Tiro e Ugarit.
Biblos
Desde o III milênio a.C., Biblos mantinha relações comerciais com o Egito. Eram os seus comerciantes que negociavam, na Ásia e no Mediterrâneo, o papiro egípcio. Os gregos chamavam de “biblos” o rolo de