Feminismo: que história é essa?
Feminismo: que história é essa? de Daniela Auad
Rio de Janeiro,
DP&A,
2003
Daniela Auad é formada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, faz doutorado em Educação pela mesma instituição, sendo bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Leciona na Universidade Paulista (UNIP) e na Faculdade Fernão Dias (FAFE). A autora busca uma melhor compreensão do feminismo e para isso apresenta a condição das mulheres desde as “sociedades primitivas” até as sociedades chamadas “modernas”. No início do livro, a autora define o que o feminismo não é, ou seja, feminismo não é queima de sutiãs, não é um grupo de mulheres feias e mal-amadas, não é uma tentativa de destruição dos homens. Além disso, o feminismo não é algo uno, absoluto pois existem vários tipos de feminismos que representam vários grupos de mulheres no Brasil e no mundo. Segundo a autora, as mulheres são consideradas inferiores aos homens em diferentes culturas, sociedades e épocas, por isso é importante conhecer a história para compreender e modificar a situação das mulheres na atualidade. Nas “sociedades primitivas” a mulher era considerada um ser sagrado e tinha como função gerar bebês. Assim como a terra fértil, a mulher garantiria a manutenção da sociedade. Nessas sociedades, as mulheres eram consideradas parte do patrimônio dos homens porém acreditava-se que a função reprodutora era uma responsabilidade exclusivamente feminina. O controle da sexualidade feminina e o casamento surgem quando os homens percebem sua função na reprodução e preocupam-se com a transmissão da herança material (terra) e genética. Nesse modelo de casamento, a mulher deve obedecer ao homem porque ele é o mais forte, e em troca, a protegerá das guerras e da fome. Além disso, os homens caçavam, cuidavam da terra, traziam o alimento, enquanto as mulheres cuidavam da casa. Sendo assim, as mulheres tornaram-se