Felizmente há luar - adaptação

Narração: Felizmente há Luar!

Vivem-se tempos difíceis… Um país em que a escassez impera e a diferença de classes aumenta. A democracia está longe da sua ideologia inicial. O povo começa a sentir falta dos bens de primeira necessidade. Vivem-se tempos difíceis.
O governo, ausente e desligado do povo que rege, um país sem preocupação com atual situação, reúne alguns dos seus ministros para discutir alguns assuntos na ordem do dia, nomeadamente, um caso que chegou de fora das fronteiras. Um governo acaba de ruir aos pés de uma legião de rebeldes num país não muito longe do seu território. O Ministro da Defesa, Beresford – um ex-militar nascido em Inglaterra que ocupa o cargo só por interesse financeiro – debate com o Ministro da Economia, Miguel Forja, e o Ministro da Cultura, Principal de Sousa – homem com antigas ligações à igreja. Comparam a situação do país com o que se tinha sido extinto. «Nunca isto aconteceria num país nas minhas mãos, eles não teriam coragem nem capacidade para o fazer», argumentou Beresford, com isso instalou mais confiança aos seus dois colegas, pois eles temiam que poderiam ser os próximos. Era claro que o povo não andava contente e isso alarmava Sousa, que alertava para medidas urgentes para segurar os seus postos. Miguel Forja de forma serena manda calar o Sousa, advertindo-o que «se eles tentarem alguma coisa nós estaremos aqui para tomar as medidas certas no tempo certo», mostrando-se sem qualquer receio.
Nas ruas cheias patrulham as pessoas à procura de trabalho, precisam de dinheiro, mas a oferta não chega nem aos pés da procura, fazendo com que se tornem cada vez mais indignados. Dentro deste núcleo existe um grupo de rebeldes que protestam, organizados dentro das suas limitações. São comandados por Manuel, a sua mulher Rita, Vicente e um antigo polícia que tinha abandonado a força, pois não partilhava dos mesmos ideais. Tentavam derrubar o governo através de manifestações que raramente acabavam de forma pacífica. Um bando de