felicidade segundo o estoicismo e epicurismo
O epicurismo e o estoicismo têm como característica comum garantir ao homem o bem supremo, a serenidade, a paz, a apatia.
Relativamente ao epicurismo, filosofia moral de Epicuro (341-270 a.C.), defendia o prazer como caminho da felicidade. Para que a satisfação dos desejos seja estável é necessário um estado de ataraxia, isto é, de tranquilidade e sem qualquer perturbação. O poeta romano Horácio seguiu de perto este pensamento de defesa do prazer do momento, ao considerar o "Carpe Diem" ( "aproveita o dia", "colhe o momento") como necessário à felicidade. No epicurismo não se trata do prazer imediato, como é desejado pelo homem vulgar; trata-se do prazer imediato, reflectido, avaliado pela razão, escolhido prudentemente. É preciso dominar os prazeres, e não se deixar por eles dominar. O prazer espiritual diferenciar-se-ia do prazer sensível, porquanto o primeiro se estenderia também ao passado e ao futuro e transcende o segundo, que é unicamente presente. O seu objectivo acima de tudo era libertar as pessoas do medo da morte, pois não podemos fugir do nosso destino, devendo tirar o melhor partido da única vida que temos, devendo, para tal, desfrutar dos nossos prazeres com moderação.
Referente ao estoicismo, considera ser possível encontrar a felicidade desde que se viva em conformidade com as leis do destino que regem o mundo, permanecendo indiferente aos males e paixões, que são perturbações da razão. O ideal ético é a apatia, que se define como a ausência de paixão permitindo a liberdade, mesmo sendo escravo. Dado que a natureza é governada por princípios racionais, há razões para que tudo seja como é. Não podemos desejar mudar isso, pois a nossa atitude perante a nossa mortalidade, ou o que nos parece ser uma tragédia pessoal deveria ser de serena aceitação. A vida ideal que aspira à liberdade e à paz como bens supremos, consistiria na renúncia a todos os desejos possíveis, aos prazeres positivos, físicos e espirituais; e, por