Feira
AS FEIRAS LIVRES NORTISTAS PORTUGUESAS E NORDESTINAS
BRASILEIRAS COMO LÓCUS DE TRABALHO INFORMAL, E DE BENS
SIMBÓLICOS NA CONTEMPORANEIDADE
Giovanna de Aquino Fonseca Araújo- FAVIP1
Nosso trabalho2 se trata de um estudo comparativo entre as Feiras Nortistas
Portuguesas e Nordestinas Brasileiras, com marco teórico datado de 1985-2010. Pretendemos com o presente estudo desenvolvermos a tese de que: a sobrevivência das feiras se mantiveram na contemporaneidade a partir da relação dialéctica entre as mudanças e continuidades, bem como as estratégias de resistência e de adaptação construídas pelos sujeitos no contexto da globalização.
As feiras que serão no presente trabalho mencionadas serão: a feira nortista portuguesa de Barcelos e a feira nordestina brasileira de São Joaquim, localizada na primeira capital brasileira, a cidade de Salvador. Inicialmente apresentaremos as principais características de cada feira mencionada e em seguida descorreremos sobre a temática propriamente dita, no que concerne aos impactos gerados pela crise do capitalismo, no mundo
“globalizado”, em especial o desemprego, as práticas migratórias e o mercado informal absolvendo os sujeitos, em especial as feiras livres como palco para esse cenário.
1-
Principais características das feiras estudadas
Nesse primeiro momento apresentaremos as principais características das feiras estudadas, desde a sua origem aos dias atuais, destacando principalmente a relação que as mesmas tem com o desenvolvimento das cidades e seu funcionamento.
1.1.
Portugal
Barcelos se localiza na região norte de Portugal, concelho do districto de Braga, e tem assim como as feiras nordestinas brasileiras local privilegiado de passagem de transiuntes que circulam na região do Minho. O concelho de Barcelos faz fronteira com mais sete concelhos:
Viana do Castelo, Ponte de Lima, Vila Vere, Braga, Vila Nova de Famalicão, Póvoa de
Varzim, Esposende e os