Feira de ciencias

Em cada trabalho, os estudantes apresentam soluções para problemas do cotidiano. Tecnologias simples e sustentáveis são características de inventos

Sabe aquela pessoa que demora uma eternidade no banho, acabando com a água e com a paciência do resto da família? Esse hábito nada ecológico pode estar com os dias contados graças a invenção de alunos de escola pública de Fortaleza. Eles desenvolveram um chuveiro que permite controlar o tempo de banho, informa o valor a pagar pela água consumida e ainda gera energia, como uma micro usina hidrelétrica.

O trabalho é um dos 138 expostos até hoje na VIII Feira Estadual de Ciência e Cultura. “Pensamos em combater o desperdício e ajudar a população de lugares como o Ceará, que enfrenta uma seca terrível, e de São Paulo, que passa por crise de abastecimento”, explica Cléber Silva, aluno da Escola de Ensino Fundamental e Médio Professor Paulo Freire e membro da equipe de inventores do chuveiro inteligente.

A feira reúne os melhores trabalhos de alunos de escolas públicas municipais e estaduais divididos nas categorias ciências ambientais, ciências da natureza e matemática, ciências humanas, linguagens, iniciação científica (ensino fundamental) e robótica educacional.

Ideias boas e baratas
Uma cadeira de rodas motorizada não sai por menos de R$ 4.700 no mercado brasileiro. Mas a invenção de alunos do Centro Educacional de Referência Padre José Alves de Macedo, de Icó, pode garantir mobilidade e independência a um cadeirante por R$ 700. “Pegamos uma cadeira de rodas comum e demos a ela automação e controle por meio de um aplicativo de celular, bastando o usuário posicionar o telefone no sentido para onde deseja ir”, descreve o aluno Damião Faustino, um dos desenvolvedores do protótipo.

Com uma ideia barata, alunos da Escola Profissionalizante Balbina Viana Arraes, de Brejo Santo, propõem aumentar a segurança de usuários de caixas eletrônicos. Eles retiraram a película polarizada do monitor do caixa e a aplicaram