Febre Aftosa - Resumo
A febre aftosa foi descoberta na Itália no século XVI. No século XIX, a doença foi observada em vários países da Europa, Ásia, África e América. Com o desenvolvimento da agricultura houve também uma grande preocupação em controlar esta enfermidade e no início do século passado vários países decidiram combatê-la. Na América do Sul foi identificada, aproximadamente, em 1870 na Argentina (Buenos Aires), Chile, Uruguai e no Brasil no estado do Rio Grande do Sul.
Esta enfermidade é altamente contagiosa e ataca principalmente bovinos, suínos ovinos e caprinos. Acomete os animais em todas as idades independente de sexo, raça, clima, porém algumas espécies são mais suscetíveis, ou seja, se contaminam com maior facilidade. Responsável por expressiva diminuição da produtividade dos rebanhos de mamíferos bi-ungulados, principalmente bovinos, a febre aftosa acarreta um significativo impacto na segurança alimentar pela redução da oferta de proteínas de origem animal.
O vírus da Aftosa é um Picornarvirus do gênero Aphthovirus. Pelo menos 7 tipos imunológicamente distintos do vírus da aftosa foram identificados: A, O, C, SAT 1, SAT 2, SAT 3 e ASIA 1. Dentro destes sete tipos pelo menos 60 subtipos foram identificados e a imunidade contra um deles não protege contra os outros. O vírus é veiculado pelo ar, pela água e alimentos portanto de muito fácil disseminação, se isola em grandes concentrações no líquido das vesículas que se formam na mucosa da língua e nos tecidos moles em torno das unhas. O sangue contém grandes quantidades de vírus durante o início da doença, quando o animal transmite amplamente a enfermidade, pois quando as vesículas se rompem, o vírus passa para saliva, e pela baba contamina os alojamentos, pastos e todo local por onde o animal doente transitar.
Os sinais clínicos geralmente apresentados são perda de peso, febre, vesículas e ulcerações na região da cavidade oral, vesículas nos tetos quando estão amamentando, animais prenhes