FEB adm
1- As colônias na América foram constituídas no momento de formação dos estados nacionais europeus, onde predominavam as práticas mercantilistas. Naquele período, os grandes mercadores e armadores associavam-se diretamente ao poder central desses Estados absolutistas. Desta associação, onde os interesses da burguesia mercantil estavam relacionados aos da Coroa, nasceu então a empresa colonial.
A classe burguesa mercantil, com o apoio da Coroa garantiu para si o monopólio comercial. Formou-se então a base da política mercantilista, e também um sistema de comércio fundado no pacto colonial, garantindo à metrópole total intermediação nas operações de comércio. Os interesses metropolitanos convergiam estreitamente com os da classe exportadora, e importadora que atuava na colônia. O pacto colonial impedia a concorrência e permitia os ganhos extraordinários da classe burguesa e da metrópole. Surgindo assim, um conflito de interesses entre colonos e metrópole.
2- O grande problema do sistema de parceria dizia respeito à relação fazendeiros/colonos, que era na verdade uma continuação das condições de escravidão. Os fazendeiros consideravam e tratavam os imigrantes realmente como escravos. Utilizavam de má-fé nos contratos, altamente desvantajosos para os imigrantes, de maneira que a insatisfação tornava-se crescente tanto para os colonos quanto para os fazendeiros.
Da parte dos colonos, a insatisfação era óbvia. Do sonho de uma vida melhor, passavam a uma realidade totalmente distinta, viviam em uma situação precária.
Pelo lado dos fazendeiros, havia uma insatisfação cultural e ideológica, pois estavam acostumados com o trabalho escravo, que lhes caracterizava uma propriedade, não toleravam o aparecimento de questões trabalhistas, que causavam deserções e greves organizadas por camadas de imigrantes mais esclarecidos, em particular os italianos. Para os fazendeiros, os colonos representavam a ralé da população dos países de origem, gente desordeira e pouco