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Nome: Breno Lívio S. de Almeida Nº: 06 Série: 3ºMA

O Irmão Comunista

I – Mr. Shobbuck e Notícias

E lá estava outra vez... aquele velho abominável de 57 anos atravessando a rua do Flamengo novamente, esse velho, com seu molambo, que andava em um movimento acelerado e ainda com um leve sorriso em sua face. Deveria eu ter pensado justamente: “Infeliz este, que pensa ter descoberto um mundo novo e perfeito através de teorias desenvolvidas por cafajestes alemães, nada ele deve ter de malícia”.
O dia em que escrevo esta história de amor platônico de meu irmão é 25 de fevereiro de 1918, um dia decerto, triste como todos os outros, principalmente por ter aturado essa felicidade espontânea de Mr. Shobbuck (o velho que comentei no parágrafo anterior) acerca dos movimentos que estavam ocorrendo na Rússia, sabe, o maldito colocou uma faixa em frente da casa escrita: “Viva Lênin!”, velho lunático...
Mr. Shobbuck detalhadamente tinha um nariz deformado que possuía uma assimetria nada discreta, olhos cansados, bigode comprido junto com uma enorme barba (deve conservar algo assim para se dizer ser algum seguidor de Marx), careca, e por fim e não mais importante, uma espécie de paletó com uma gravata vermelha.

II – A Política e Mr. Shobbuck

Peço desculpas ao meu leitor se gastei parte de seu tempo com essas futilidades como as características do ranzinza Shobbuck, mas eu pensei que poderia ser útil pra você ter uma visão mais apurada da “criatura vermelha”; vou agora me desculpar, propondo a você, algumas risadas através das empreitadas de Mr. Shobbuck.
Então lá estava, Shobbuck, comemorando com alguns amigos dentro de sua casa, fazendo uma festa sobre o que vinha ocorrendo na Rússia. Eu, infelizmente como irmão de Shobbuck, vivia com ele, então entrei em sua residência.
No momento em que entrei, fui bem recebido pelos convidados e principalmente por meu irmão, ele disse:
- Nilats! Irmão! Vamos beber um pouco para comemorar a nossa futura e real democracia!