No livro Fazer Universidade: Uma proposta metodológica, publicado pela Cortez em 1986, Cipriano Luckesi, Éloi Barreto, José Cosma e Naidison Baptista analisam e problematizam a relação entre professores-alunos na educação institucionalizada e a forma como o conhecimento é propagado nas práticas escolares. Da mesma forma, os autores exemplificam dois tipos de conhecimento: O filosófico e científico, desvendando que o conhecimento não é uno, e que esse pode ser apresentado por diversos pontos de vista. O conhecimento se dá como a compreensão do mundo. A ação é necessária para que haja entendimento e o entendimento transforma-se em condutor de ação. O conhecimento -como entendimento do mundo- é um arcabouço para tornar a vida plena e satisfatória a partir de ações que, teóricas ou práticas, permitem a compreensão da realidade e a sua transformação. Atualmente, o conhecimento transmitido nas escolas deixou de ser um modo de captura da realidade para se transformar em falsos obstáculos, que não substituem os desafios da realidade, impedindo a libertação e independência do sujeito. Certamente, o cenário atual, é um prato cheio para os detentores do conhecimento, que se aproveitam do comodismo e alienação social para diminuir nossos direitos e nos tornar seres dependentes. Bem como, é necessário ainda evidenciarmos que o conhecimento não é único, este pode ser analisado de diversas formas. A filosofia busca compreender e transformar a realidade em que vivemos, é dar ao sujeito um posicionamento crítico, a interrogação é a sua base. A filosofia é a forma que o ser humano toma consciência de si e pode dar encaminhamento a uma ação. O conhecimento filosófico é racional, sistemático e crítico. Por outro lado, o conhecimento científico procura esclarecer as ocorrências do universo, como fenômenos da natureza, ideais, e culturais, criando conexões lógicas entre os seus componentes. É um conhecimento sistemático, já que se trata de um saber ordenado