Fazer universidade

Em seu livro Fazer universidade: uma proposta metodológica, publicado pela Cortez em 1986, Cipriano Luckesi, Elói Barreto, José Cosma e Naidison Baptista em seu II capítulo, propõe, uma reflexão sobre a universidade que temos e a universidade que desejamos um espaço onde se criem conhecimentos sólidos e que cultive a reflexão e a crítica. Entre os séculos XI e XV entre o final da Idade Média e a Reforma é que nasce propriamente a universidade tendo como responsável a Igreja Católica, “que, naquelas circunstâncias, gerava o dogmatismo, a imposição de verdades, tão a gosto dos ambientes autoritários ainda em nossos dias, as universidades não ficaram ilesas do ambiente dogmático” (p. 31). O que importava era manter a universidade do conhecimento básico para as devidas especialidades, não tendo nenhum conhecimento científico, mas sim, usando a filosofia, que é cultiva até hoje. Na Idade Moderna no século XVI, houve um rápido desenvolvimento do conhecimento humano e da ciência moderna. Nesta fase a universidade e seus ensinamentos não poderiam ser questionados, e isso implicava em penas que variavam de acordo com a gravidade dos questionamentos contestados “ainda hoje, sofremos resquícios dessa época; o ensino autoritário, onde o professor assume a postura de quem detém o critério de verdade e o aluno simplesmente repete o professor e os livros de texto ou manuais; a arraigada dificuldade para o livre debate das ideias” (p. 32). No século XVIII com a industrialização houve uma crescente procura na aquisição de profissionalização e surge, então, a universidade napoleônica e com ela o interesse pela pesquisa científica. A universidade tenta retomar a liderança de pensamentos e tornar-se centro de pesquisa. Em 1810 com a criação da Universidade de Berlim, uma criação alemã, se preocupa em transformar o homem e prepara-lo para descobrir, formular e ensinar a ciência. No Brasil a fundação da Universidade de Brasília um sonho de Anísio