Fayol
Eles não podem entrar em locais como a Catedral, por exemplo, sem ajuda de outras pessoas
Considerada Patrimônio histórico da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (Unesco), Brasília é um exemplo da arquitetura moderna para o mundo. Porém, deixa a desejar quando se trata de acessibilidade. A maioria dos pontos turísticos do Distrito Federal não tem rampas de acesso ou banheiros adaptados para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida.
O auxiliar administrativo Patrick Feitosa não consegue ter acesso aos pontos turísticos. "Às vezes, é necessário chamar três ou quatro seguranças para ajudar", reclama o cadeirante. Para ele, algumas rampas não cumprem a função. "A Catedral Metropolitana de Brasília tem a acessibilidade, mas a rampa é muito íngreme, o que torna difícil o acesso", ilustra Feitosa.
Essa falta de estrutura que facilite a locomoção faz com que os cadeirantes deixem de frequentar os locais. "Conheço todos os pontos turísticos de Brasília, mas não visito nenhum deles para não passar raiva", admite o funcionário público Marcus Duarte. De acordo com a guia de turismo regional, Silvia Karina Marques de Castro, os deficientes físicos reclamam dos lugares onde existem escadas para dificultar a locomoção. "De uma maneira geral todos os pontos turísticos de Brasília são de difícil acesso a um portador de deficiência, dentre os mais citados temos o Espaço Lucio Costa dentro da Praça dos Três Poderes", explica a guia turística.
Para a Coordenadora Técnica da Comissão Permanente de Acessibilidade do Governo do Distrito Federal, Márcia Muniz, a falta de acesso ocorre porque no passado não havia essa preocupação. Mas diz que todas as construções antigas, que não têm acessibilidade completa, estão com projetos em andamento. No entanto, devem demorar a ser feitos, já que é preciso a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico