FATORES QUE INTERVEM A APRENDIZAGEM
Para Piaget: “desde o nascimento, o desenvolvimento intelectual é simultaneamente, obra da sociedade e do indivíduo”. Assim, podendo perceber que as realidades de miséria social, afetiva e material interferem nas relações que permeiam o processo de ensino e aprendizagem, pois, os alunos vêm para escola com muitas carências tanto afetivas pela falta de estrutura familiar, quanto econômicas pela falta de condições dignas de sobrevivência. Sua cultura social, não lhes denota grandes expectativas futuras, por esta razão, a escola não é considerada como garantia de uma vida mais digna e com isso passa a ser um local de obrigatoriedade de permanência para que não fiquem dispersas pelas ruas. Pela baixa escolaridade dos familiares, chegam a escola com dificuldades na linguagem, que interfere no processo de leitura e escrita, trazendo uma frustração e um desânimo pela falta de interesse nos conteúdos escolares. Para Vygotsky o ser humano tem uma dupla natureza, membro de uma espécie biológica que só se desenvolve no interior de um grupo cultural. Podemos observar a importância do convívio social para a maturação do ser humano pois através dessa interação com o meio é possível a aquisição de conhecimento por meio do processo denominado MEDIAÇÃO. A cultura fornece os sistemas simbólicos de representação da realidade. A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização preconizado por Paulo Freire e está no âmago de seu método de alfabetização, formulado inicialmente para o ensino de adultos. Basicamente, o método propõe a identificação e catalogação das palavras-chave do vocabulário dos alunos - as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua, como por exemplo "tijolo" para os operários da construção civil. Para tanto, os desafios da escola são muitos, resgatar sua verdadeira