fatores que influenciam o processo de tornar-se humano
A construção do ser humano pressupõe uma base biológica hereditária que nos une enquanto membros da mesma espécie. A este respeito, logo nos vem à ideia, um certo número de competências existentes em todos os homens como por exemplo:
- A aptidão para o bipedismo;
- A destreza manual;
- A utilização da linguagem;
-E o exercício de uma inteligência qualitativa diferente da dos outros animais.
As características essenciais dos seres humanos são basicamente as capacidades para produzir e lidar com símbolos e para criar e servir-se de instrumentos.
Estas competências específicas, possibilitadas pela rede neuronal complexa que é o cérebro humano, desenvolve-se no contacto com outras pessoas e sem elas seríamos incapazes de conquistar o estatuto de ser humano.
O jeito como caminhamos e como lidamos com as mãos, as palavras que dizemos, o modo como nos dirigimos aos outros e até a capacidade que temos em sair das mais complicadas situações, resulta de um complexo de aprendizagens que foram deitas com os outros.
Desta forma a sociabilidade torna-se uma necessidade radical na medida em que só na interacção com os outros é que adquirimos as condutas capazes de compensar a indigência biológica da espécie. Para além da estrutura anatómica e fisiológica básica o que herdamos é essencialmente a abertura aos outros, a tendência para nos adaptarmos a eles, aprendendo com eles, fazendo como eles fazem e sendo como eles são.
O ser humano é por isso um ser gregário, ou seja, um ser que vive em sociedade.
Predisposições genéticas para a sociabilidade.
Sendo o homem um ser gregário, admite-se que no ser humano a existência de uma predisposição genética para a sociabilidade. Esta predisposição relaciona-se com um conjunto de outras predisposições inatas, que fazem parte da bagagem que a criança transporta ao nascer. Entre elas:
Perceptivas – A criança nasce provida de órgãos sensoriais que a tornam apta a captar o