fato social
Senso comum poder ser definido como um conhecimento transferido de geração em geração, adquirido a partir de experiências passadas e observações. Não necessita de comprovação científica e é reflexo de uma herança de um determinado grupo social, sendo um ato de agir e pensar, com raízes culturais e sociais. Segundo Zygmunt Bauman e Tim May, “o poder do senso comum depende da autoevidência do seu caráter, isto é, do não questionamento de seus preceitos e de sua autoconfirmação na prática”. Desta forma, podemos interpretar o senso comum como algo inquestionável, uma verdade universal, passada de uma geração para outra, assim como algo rotineiro que acaba se transformando em algo familiar, não necessitando ser contestado. O senso comum pode ser perigoso na medida em nos impede de formar uma opinião própria ou questionar hábitos familiares, impossibilitando um conhecimento mais afundo de certo assunto ou de despertar interesse em algo que não se é familiar. Não permite conhecermos as diversas opiniões sobre determinadas questões e assim formarmos a nossa própria opinião, que pode ser diferente do grupo social a qual estamos inseridos. Como resultado disso, temos uma sociedade limitada, que não questiona, simplesmente aceita o que é colocado como sendo verdadeiro. Mas como podemos nos distanciar do senso comum? Essa resposta é difícil de ser respondida e é o que a sociologia faz, tenta questionar o que é inquestionável. Essa desfamiliarização ou desapego é essencial para entendermos mais sobre nós mesmos e nosso papel dentro da sociedade, assim como nos posicionar como por exemplo em relação à religião, política ou economia. Ao analisarmos os fatos ocorridos em julho de 2013, as manifestações contra o aumento das passagens de ônibus e, depois o que se transformou em um movimento de diversas causas, podemos notar posicionamentos que refletem vários sensos comuns. Encontramos pessoas lutando contra o aumento das passagens de