Fast food na sociedade
Há um novo cotidiano que passa a ser exigido pelo tempo produtivista na sociedade atual: torna-se necessário controlar atos, gestos, desejos. O horário dedicado às refeições é escasso e o fast food entra nessa conjuntura de um “novo tempo” no urbano. A existência desse espaço indica que o fast food é produto e condição, e dá sustentação a esse “novo” cotidiano.
Quando as primeiras redes americanas começaram a vender seus lanches do tipo hamburguer no Brasil, uma espécie de “americanismo” surgiu no país. Isto vai de encontro ao pensamento de LEFÈBVRE (1991, p.32), quando diz que na França: “Um certo americanismo se introduzia, não tanto pela ideologia, como pelo cotidiano.”
Essas empresas, que num primeiro momento foram as americanas e, posteriormente passaram a ser originárias de diversos países, elaboraram um “ritual” formatado e aos consumidores cabia apenas segui-lo: a expansão do McDonald’s é um exemplo claro dessa formatação.
Embora isso se mantenha até hoje, muitas coisas mudaram e esse processo se intensificou: comer em fast food é um “novo hábito” do brasileiro, principalmente os que residem nas grandes cidades. O fast food aparece também em outras cidades (mesmo quando não é necessário), como signo da participação no mundo global, moderno, onde a velocidade está presente.
A expansão do fast food no Brasil foi uma conquista gradual e totalmente importada. Entretanto, essa